
Assim que surgiu a confirmação do lockout e a medida que essas tentativas de negociação parecem cada vez mais estagnadas os atletas se questionam pela possibilidade de atuar em outros mercados. Os mercados que estão "atraindo" as estrelas da liga com propostas seriam da Europa e Ásia, com destaque para o Besiktas, clube turco que acertou com o armador all-star Deron Williams (foto - montagem). Podemos analisar toda essa situação em vários aspectos:
Financeiro:
Todos se perguntam como esses times conseguem oferecer boas propostas para esses atletas da NBA que preferem atuar em outros mercados do que ficar em casa durante o lockout.
A resposta é que os mercados basicamente tem 3 estilos para se tornarem atrativos aos atletas da NBA. São geralmente os mais tradicionais (como o rumor dos irmãos Gasol no Barcelona), da terra natal (como Batum que chegou a um acordo com o Nancy da França) ou de um mercado emergente, como China ou Índia, que por meio de milionários investidores de times e/ou com ações de marketing brutais (já que a população é enorme) conseguem arrecadar recursos para oferecer propostas atraentes a astros como LeBron James ou Dwight Howard. Escolha atraentes para os jogadores "da mídia" já que ninguém recebe salário de seus times da NBA e eles querem manter o padrão de vida altíssimo.

Os EUA são o templo do basquete e eles tem um modelo muito forte e talento de sobra, isso é fato, porém não podemos esquecer da diferença de estilos e que essa diferença pode ajudar muito no desenvolvimento dos fundamentos específicos um atleta.
Um caso perfeito é o de D.Rose (foto) que tinha um jogo limitado no quesito arremesso, mas o mundial de 2010 na Turquia fez ele ter contato com o estilo europeu de basquete onde os cortes (seu ponto forte) são menos frequentes e o chute e a boa rotação são muito mais valorizados. Não é por acaso que depois do campeonato, quando ele voltou para a NBA seu aproveitamento de lances livres, bolas de 3 pontos e seus chutes melhoraram espantosamente. Isso ajudou muito na sua evolução para ter se tornado o MVP da temporada passada na NBA.
Na minha visão vários atletas poderiam sim seguir esse exemplo como Russel Westbrook e John Wall que ainda não tem uma consistência no arremesso desejada para o nível de estrela da liga e nem uma mentalidade de armação tão trabalhada, e podem assim como Rose desenvolver esse fundamento indo atuar nas ligas europeias.
Físico:
Muitos atletas além da visão financeira tem a visão física como muito importante, uma bateria alta de treinos é importante, mas manter o ritmo de jogo contra adversários minimamente qualificados faz o jogador realmente manter o preparo para a temporada.
Já Steve Nash deixou claro que o lugar que ele iria ficar durante esse tempo de lockout era em casa e fazendo treinamentos individuais. Isso mostra outro lado, o lado de atletas como Jason Kidd, Steve Nash, Tim Duncan, Grant Hill entre outros jogadores que usarão esse tempo sem a liga para recuperar e aprimorar a parte física, além de (se o impasse continuar) o número de jogos será menor, tornando o desgaste físico menor e "ajudando a velha guarda" a fazer uma temporada mais produtiva.
Analisando esses três pontos principais podemos notar que de modo geral é uma ótima alternativa a migração dos atletas da NBA para outros mercados com a persistência do lockout e na minha opinião só não está havendo uma maior quantidade de acordos pois vários atletas estão só na fase de rumores graças as suas seleções nacionais e a preparação para os campeonatos Pré-Olímpicos que irão ocorrer.
Esse post é a Parte 1 do "consequências do lockout" que eu estou elaborando, os próximos também irão abordar outros lados desse impasse que vive a maior liga de basquete do mundo atualmente.
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